sexta-feira, 31 de julho de 2009

GLOBALIZAÇÃO POBREZA E VIOLENCIA



Depois do fim da Guerra Fria, durante um curto período, um cenário optimista dominou a
discussão: com base numa maior consciência, de “Um Mundo” apareceria a “aldeia
global”. A todas as pessoas seria garantida a sua dignidade e os mesmos direitos. A
distribuição dos limitados recursos naturais podia ser organizada de forma a que os
“grandes consumidores” dos países industrializados reduzissem claramente a sua procura
de recursos. Os e as habitantes desfavorecidos do hemisfério sul seriam ainda colocados
na situação de finalmente terem condições para implementar projectos sociais
autónomos. A condição mais importante para isso, de acordo com o teorema corrente do
“Fim da História” depois do fim do socialismo real, seria a intensificação das relações de
troca económicas.
Um decénio e meio mais tarde o Mundo apresenta-se de forma completamente diferente
do que previsto nos cenários cheios de esperança. Hoje a experiência de uma crescente
dependência recíproca é percebida por uma maioria das pessoas como uma ameaça.
Exceptuando os “vencedores da globalização” que existem – certamente em número
variável – em todas as sociedades, o mundo globalizado desenvolve-se para muitos cada
vez mais na direcção de um regime de Apartheid global. [1] A Liberalização e
Desregulação dos mercados praticada há mais de 30 anos e a privatização de bens
públicos não contribuiram de forma nenhuma para que a Democracia e os Direitos
Humanos se tenham espalhado mundialmente e os conflitos resolvidos de forma pacífica.
Também o bem-estar prometido não chegou a todo o lado. Pelo contrário, se
exceptuarmos a China e a Índia, a pobreza não diminuiu no mundo.

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